quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ela.







Música alta, sol, risadas cultivadas a álcool. A água da piscina parecia agitada, ou era eu que já estava girando? As piadas já não eram tão engraçadas, mas as pessoas continuavam rindo. E foi quando eu ouvi o som de sua voz pela primeira vez. E desde então, meus olhos não tinham outra direção. Vê-la dançando era contagiante e seu sorriso tão lindo quanto suas curvas.

Não sei o que ela fez, mas a saudade do beijo que não aconteceu, começou a se hospedar em meus pensamentos. Quando iria vê-la de novo? 

Facebook, e-mail, telefone, primeiro encontro. Quando foi que um simples almoço se tornou tão agradável? Era só eu e ela, não podia ignorar a carta que a vida me dava, foi a primeira vez que me permitiu beija-la.
Ela era diferente, eu podia sentir. Em seu jeito de ver o mundo, em como nossas conversas fluíam, no seu olhar, e na barreira que escondia seu coração. Era como ela protegia seus sentimentos, como um muro de Berlim.
Dizem que as mulheres são difíceis de compreender, diria que você, por 10 delas.

Quantas tentativas de encontros, de beijos, e a vontade de tê-la só pra mim, crescia cada vez mais, e cada vez mais a barreira. Foi o dia que me disse que não estava preparada para algo sério, foi aquela despedida, foi aquela música que tocava enquanto virava as costas, foi quando voltou para um ultimo adeus, e me encarou com seus grandes olhos castanhos de uma forma como que gritando pelas entrelinhas. Eu soube naquele momento que tinha de destruir esse abismo.
O tempo se passou e creio que com ele posso ter causado alguma mágoa em você. E deixo claro que essa jamais foi a minha intenção.

Tudo o que preciso é uma chance. Uma chance para poder provar a ela que tenho um plano que quebra as barreiras. Uma chance para mostrá-la como me sinto ao seu lado, como vejo seu sorriso enquanto a beijo, mostrar como nossos corpos se encaixam perfeitamente, como um lugar cheio de pessoas vazias se torna um lugar incrível apenas com sua presença, que o som da sua risada me faz sorrir. Poder mostrar que não importa o quanto os ponteiros do relógio, ou os número no calendário nos separe, toda vez que a vejo é como a primeira vez. Com você, eu sou a melhor versão de mim.

Faz 365 dias e mais alguns por aí que nos conhecemos. 365 que ela vem habitando meus pensamentos. E não importa quantos mais pela frente será necessário para destruir este muro e ser minha.  
Não sei o que ela fez, mas ela me ganhou.



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