terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ainda é você...





Era apenas uma noite de terça-feira abafada e tediosa, a primeira do ano. Aliás, vai fazer um ano. E é incrível o efeito que você tem sobre mim, mesmo depois de todo esse tempo, mesmo depois do adeus. Era para ser apenas mais uma oração gramatical vazia, mas talvez os ventos a tivessem preenchido, pois nunca mais se quer ouvi o timbre de sua voz.
A mesma voz que me acalmava, sempre acompanhada de seu sorriso bobo e aqueles lindos olhos que me hipnotizavam. Confesso em devaneios que ainda não encontrei um lugar tão confortável quanto seu abraço, e nem ouvi três palavras ditas de forma excepcional, tão profunda e pura como a inocência que existiu entre nós. As músicas que escutávamos juntos parecem não ter tanta graça, entre olhares e silêncio que por horas podíamos passar, hoje sozinha soa demasiadamente ressonante.
Seguimos em frente, mas sei que nossos olhos se mantem erguidos para os mais belos quartos lunares, e imagino que você também pense em mim nesses momentos.
Acredito em destino, acredito que essa historia ainda não teve fim.

Ainda será nós.

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