sexta-feira, 16 de maio de 2014

Eu preciso de você



Às vezes, a gente faz coisas, fala coisas que machucam o mais fundo da alma de quem amamos, de quem a gente nunca sonhou em ferir, e que, no entanto, num momento tolo, num momento que não deveria existir, de absolta irreflexão, acaba ferindo fundo e se arrependendo.
Na hora, qualquer pretexto é pretexto, qualquer palavra uma espada.
Nesta hora, amor, tenha pena de mim. Toma-me em teu colo e me conta histórias bonitas, histórias de príncipes valentes e cavaleiros andantes, para que, de novo, eu possa me encontrar e nunca mais te ferir.
Nesta hora, tenha pena de mim, da minha fraqueza, pois sou fraco, e estou cansado, não sei o que fazer. Nem onde estão as respostas.
Me ajude a ser de novo forte, a encontrar meu rumo, que o teu rumo, e que me ampara, me mostra o norte e me abre a fonte.
Sou forte, mas sou humano. Me de a tua mão para que eu me levante e prossiga, fazendo o sonho bom ser a realidade, e que a tua vida seja esse sonho.
Eu preciso de você como a Terra precisa do Sol. Tem pena de mim, me desculpa e me aceita outra vez, mesmo ferida, mesmo magoada, e coloca minha cabeça em teu colo, para que eu adormeça e a vida tenha tempo de curar a ferida que abri em teu peito.
Faz com que eu chore todas as lagrimas necessárias para lavar tua alma.
Faz com que eu encoste em teu seio e sinta no teu respirar a terra donde brota a semente que germina e abre em trigo.
Então me ensine de novo a fazer o pão da vida e a dividi-lo contigo. Que eu reaprenda a repartir o pão e o sonho, a estender a mão. E que minha mão lentamente enxugue a lágrima que arde em tua face e escorre pro teu peito machucado. Estupidamente machucado só porque eu estava cansado, só porque estava com medo. Porque sou humano.
E acabo me perdendo em mim mesmo e ferindo quem amo.
Tenha pena, de minha dor.
Me embala...e encosta teus cabelos negros em meu colo, para que eu te faça esquecer o que lhe causei, me abraça forte.
De novo.



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