domingo, 17 de agosto de 2014

Último beijo.




Noite dessas conclui que 'a bebida é grande provocadora de apenas três coisas:
Nariz Vermelho, sono, e muita vontade de ir ao banheiro.
A luxúria é por ela provocada e invalidada. Faz o homem e o aniquila, deixa o homem pronto e impede-o de comparecer, ela o persuade e desencoraja-o...Em suma, engana-o até a sonolência, coloca-o para dormir, e depois o deixa sozinho.'
Três copos me levaram ao delírio de achar que o poderia ter ao meu lado naquele momento.
Minhas palavras não formavam uma oração coerente, pessoas não eram interessantes, filmes nunca chegavam ao fim, não sabia para quem contar sobre meu dia, me sentia como uma criança que se perde da mãe no supermercado e chora como quem nunca mais fosse vê-la.
Era assim que eu me encontrava na noite em que me dei conta que as próximas mensagens que chegariam em meu celular seriam da operadora ou de alguma amiga distante chamando para algum social.
Noite que  me dei conta que lágrimas doíam tanto para sair de meus olhos, quase como que pesassem  uma tonelada e queimassem minha face.
Passei dias tentando achar uma saída para nós, passei noites sabendo que não era o certo para mim, e quando adormecia, eram seus olhos que apareciam para me assombrar.
Eu não sabia o porquê me sentira dessa forma, mesmo sabendo que era o certo a se fazer.
E no fim, acabei por concluir, que tua falta de maturidade nos fez cavar um abismo que jamais poderá ser construído pontes novamente, talvez elas nunca existiram,  e nós, nunca estivemos no vale do amor.
Excluí todas as nossas últimas fotos, que só eu talvez soubesse da existência das mesmas, apaguei seu número, exclui você da minha visão. Com o tempo você se vai da mente também, espero eu.
E a memória que guardarei de seu rosto será daquele menino que uma vez, num momento de fraqueza, magoou um puro coração.
Então o que foi? Por quê doía, também havia culpa da min' alma?
Sei que nada sei.
Mas obrigado, pelo nosso último doce beijo, se foi real.
Até uma outra vida, quem sabe.





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