quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Jardins e suas histórias¹...



Ah…a Av.paulista e as pessoas que ali circulam...! Sou do tipo de pessoa que gosta de olhar as pessoas, e ver além. Minha mente automaticamente cria uma história, uma trama, imagina a vida daquela pessoa e o que lhe traz ali, até aquele momento...e as ruas do jardins, são cheias dessas pessoas, personagens que fogem da minha realidade, então minha imaginação se diverte em devaneios alheios...

“Como vou dar nome para um bebê que não existe!”; “como vou dar nome para um bebê que não existe!”...

Essa aconteceu hoje

Estava sem meu fone, escutando a avenida, E repetiu-se a frase umas 3x, e foi tudo que eu escutei enquanto passeava por ali. Essa frase veio de um homem, que pelo que minha mente inconsciente e fotográfica se lembra, tinha com certeza seus mais de 50 anos, seus cabelos lisos grisalhos em algum corte clássico qualquer, uma barriga avantajada dentro da camisa branca e ar de quem liderava alguma companhia por ali, falava com os braços agitados e em alto tom, não à toa me chamou atenção alguém dizendo uma frase dessas, tinha-se lá também seu ar arrogante, de longe se via. O que imaginar de uma frase dessas, neste contexto?

Estaria falando com uma mulher? A mãe do suposto bebê? Ela poderia ser uma golpista, fingindo uma gravidez para ter algo deste homem, er, dinheiro? Seria um clássico!

Ou ela realmente estava grávida? E ele não passa de um tremendo (velho) babaca, não queria perder sua vida de farras com várias mulheres e não queria assumir um bebê, ou ter um herdeiro?

Ou ambos? Ou nada disso!? Que frase a se dizer em bom e alto tom! Me mantive ocupada por uns bons quarteirões viajando em mil possibilidades... A arte é quem imita a vida, com toda certeza!

Sempre haverá mulheres querendo que o homem assuma seu bebê, (sendo real ou não rs) é o natural, aliás.
Mas também sempre haverá esses homens, que levam quase toda uma vida para amadurecer, encarar suas vidas com responsabilidade de fato, até alguns que nunca irão.

E quantas histórias parecidas existem? Ele irá assumir o bebê? O bebê realmente existe?

E a vida segue aqui no bairro jardins...




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Enfim, nós


                                                                   ((Para você))


Me perco tentando encontrar as palavras que expressam meus sentimentos por você.
Destino? 'História de romance', que me orgulho em sempre dizer como nos encontramos?
Capturamos a estrela cadente um do outro.
Éramos jovens quando nos conhecemos, nos perdemos e nos reencontramos, (por que a vida sabe o que faz, e como faz), uma manhã nada qualquer de quinta feira, seus olhos encontraram o meu, seu sorriso entrou em sintonia com meu coração, mas achei que não era para mim. Segui meu caminho, e você me seguiu. E eu agradeço tanto a vida por você ter corrido como um maluco atras de mim, literalmente rs.
Pois foi a melhor loucura da minha vida ter parado para ouvir o que tinha a dizer.
E por hora, tivemos uma história tão breve quanto intensa,o tempo se passou e eu achei que não o veria jamais, talvez um dia a vida nos esbarrasse e por aí ficasse. Então seguimos nossas vidas.
Um ano.,
Foi quando os astros completaram uma volta ao sol, que você novamente apareceu na hora e no lugar mais improváveis, porem certos possíveis. Com aquele sorriso lindo de sempre,e seu olhar que me hipnotiza. Eu não sabia se ria ou se agradecia , então mentalmente fiz os dois, e estávamos novamente juntos pelas obras do destino. E desde então tem sido você. Sempre foi. A resposta das orações que fazia quando ainda era uma garotinha que fantasiava como seria seu futuro homem.
Tenho meu passado e você também teve o seu, fomos machucados. mas do que importa se eles apenas nos trouxeram fortes e decididos a onde estamos hoje?
Só se sabe o que é luz, se já conheceu a escuridão.
Você me construiu de um coração partido, ferido, com tijolos que fez de peças quebradas, arrumou- nos um forte para que então começássemos,  agora o que é meu, seu, é nosso.
Quando eu menos esperava, veio do jeitinho que eu pedi.

Reparo no jeito que o vento faz seus longos fios loiros caírem em seus selvagens olhos verdes enquanto segura firme o volante fazendo uma cara de mau (mesmo sabendo que você afina a voz para falar com 'gatíneos'). Perderia a vida te olhando. Então você se vira, olha para mim e me derrete com seu sorriso perfeito.
Quando estou mal você me abraça e ali sei que estou bem, pela primeira vez me sinto assim, em um porto seguro. Você me levanta com sua palavra, sua mão, e seu coração. E saiba que estou aqui ,como um porto para ti também.
Você é meu príncipe em cada detalhe, meu amigo e acima de tudo, meu companheiro,
Obrigado por me mostrar que o amor simples ainda existe e juntos seguimos nessa caminhada doida que é a vida. ( e me aturar também )
Temos muito ainda o que viver, obrigado pelo começo maravilhoso, tudo que você faz é incrível, obrigado por estar ao meu lado, mesmo quando eu não quero hahaha.

Eu te amo, demais.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Ela diz falar sério


Ela acredita em tanta coisa. E é simples. Ela preserva sentimentos. Conserva memórias. E é  tão esquecida. Ela é um passo mal dado, e outros bem andados. Ela é sonho, confusão. Ela é espanto. Ela é canto. E soa como sino. Sua sina é ser quem é.
Ela é cachaça. Ressaca do não entendido. Ela tenta desvendar mistérios. Ela diz falar sério, mas faz piada de quase tudo.
As vezes, ela é criado-mudo. As vezes, é um grito absurdo. E ecoa. Ela acredita na bondade. Sente como nunca, o avançar das idades. Quer sair e colorir o mundo.
Ela é um livro com páginas em branco.  É a saudade dos seus diários de 1998. É Alice conversando com o Gato de Botas. Ela é imprevisível - você sabe o que quero dizer. Ela carrega no coração sentimentos de um verão e de uma vida toda. Ela é isso, todas as estações.
Ela chora rios. Em suas encostas guarda algumas mágoas. Na suas costas carrega o peso disso. Pra não se afogar nessas águas, ela flui e deságua. E muda a rota.

Ela é pessoal, particular, lunar, se insinua pra se libertar. Mas foge vez em quando. Tem medo e sente calafrios na espinha. Num súbito momento se veste de coragem e enfrenta o adverso. 
Ela é isso, verso. 
Escreve suas próprias linhas.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Noite de inverno



Eu amo a noite.
Mas, não a noitada.
Onde escutar o silêncio da madrugada, é conversar consigo.
Amo as noites geladas da ápice do inverno.
Quando o céu já não é mais iluminado pelo astro rei, dizem que aí vem a escuridão, mas como dizer que o universo é um apagão sem fim se, ao olhar para cima, no céu não mais refrescado em mansos azuis, percebo o brilho das estrelas, reparo no pontinho vermelho que já não me surpreendo com a facilidade que encontro, nosso vizinho.
Iluminados pelo brilho cedido pelo astro.
E quem sou eu para não escrever sobre a lua e os sentimentos que ela em mim  desperta?
Sei que muito já foi  falado, escrito, mostrado tanto sobre a tal. Mas...
Ah!, Quantos segredos ela já iluminou? Quantos amores já testemunhou? Quantas partidas já não chorou?...
E hoje ela tão cheia de si, deixando-se refletir em raios de energia ressaltando o brilho dos meus olhos, inquietantes e devolvendo um turbilhão de indagações ao universo.
Eu amo as estrelas, tão cheias de si, tão misteriosas, tão distantes...
E quem se atreveria naquele mesmo momento a estar encarando os mesmos que brilham majestosos e talvez se perguntando o por quê? Talvez partindo, talvez chorando...
Ou apenas amando a noite também.
E agradeço ao poder olhar para cima, e não ver o céu, mas encarar o universo...
Ah! como eu amo a noite...




terça-feira, 21 de julho de 2015

Pássaro livre




Eu sou assim mesmo, toda errada no caminho certo, toda certa no caminho torto.
Abraço sem medo, choro sem receio. Amo tudo que meus olhos possam desejar.
Um pássaro livre sou. E não faço distinção, saio dia e saio noite para onde me levar o coração.
Que de flor em flor passeia, ansiando por sabores, procurando por amores.
Do mundo fiz meu quintal, minha morada.
Ai de você pensar em julgar o brilho das minhas asas, a altura de meus vôos.
Gosto de ir sempre em direção ao horizonte, sempre mais belo, sempre tão misterioso... E olhar para o sul, só se for para rir das boas memórias que deixei pelo caminho.
Aprendi a voar desde cedo, e nos lugares que deixei meu coração, entreguei ao universo que não fora em vão. Que em lugares escuros e sombrios, não se demora o pouso não.
Mas que olhando para cima, a luz me guiaria de volta.
Vez ou outra estou em bando, as vezes sozinha, sempre amando.
E continuo voando, livre, leve e solta
Em busca de sabores, pousando em amores...